"O assunto é extremamente grave. Tomamos conhecimento de que há negociações constantes entre fabricantes de próteses e médicos para a indicação de determinados produtos, além de fraudes para obrigar, por medidas judiciais, o Estado a custear cirurgias desnecessárias, acarretando em enormes prejuízos aos recursos públicos e também aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Vou averiguar a fundo todas as questões pertinentes à formação de verdadeiras quadrilhas em São Paulo e na região de Campinas para entregar esses relatórios às autoridades competentes", disse.
A máfia das órteses e próteses foi denunciada em reportagem, que revelou um esquema para realização de cirurgias, muitas vezes desnecessárias, colocando em risco a vida de pacientes, apenas para obrigar a compra de próteses vendidas por empresas, que pagam propinas a médicos. Esses profissionais receberiam entre 15% e 50% do valor dos produtos. A fraude estaria ocorrendo em cinco estados. Parte dos depoimentos foram gravados em um congresso na cidade de Campinas, domicílio eleitoral de Roberto Alves.
"Mais uma vez a Câmara dos Deputados está presente junto aos brasileiros na defesa da saúde pública. Vamos investigar com todo o rigor de forma a punir os culpados e coibir a expansão desta prática criminosa", afirmou o deputado.
Requerida pelo deputado Geraldo Resende (PMDB-MS) e apoiada por 225 deputados, a CPI tem prazo de 120 dias para concluir os trabalhos. Durante a reunião de instalação, Resende foi eleito presidente e o deputado maranhense André Fufuca, relator.
Por Ascom do Deputado Roberto Alves
Edição: Mônica Donato
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