Especialistas defendem a autonomia dos peritos criminais em audiência pública

 Peritos afirmam que, graças a este recurso, importantes crimes foram elucidados.

O deputado republicano Otoniel Lima (PRB/SP), presidente da Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC 325/2009, conduziu audiência pública na última terça-feira (27) para debater com especialistas a autonomia dos peritos criminais e a importância dos institutos de criminalística. 

O diretor do Instituto Geral de Perícia de Santa Catarina (IGP), Rodrigo Tasso, falou das vantagens da autonomia. “Já deixamos de receber recursos importantes do governo por não sermos um órgão de Segurança Pública. Em 2005, o IGP não tinha condições de fazer uma investigação séria e isenta. Hoje, graças à autonomia, nossa realidade é outra”, afirmou.

Para o diretor do Departamento de Polícia Técnica Cientifica da Paraíba, Humberto Pontes, se a perícia criminal do Estado fosse autônoma, não faltariam insumos para exames importantes como o de DNA. “Dependemos do diretor geral da Polícia Civil da Paraíba para fazer o pedido e comprar o que necessitamos para as análises. Já passamos seis meses com o laboratório de DNA fechado por falta de material”, criticou.

O médico legista Luiz Frederico Hoppe considera a perícia criminal também como uma questão de direitos humanos. “Não desmerecendo a função dos delegados, mas, já houve caso em que eles requisitaram exame de coleta de sêmen e nós, peritos criminais, sabíamos que o exame de sangue era mais adequado e seguro”, explicou.

Já o médico legista de São Paulo, Geraldo Nogueira, lembrou que, graças à perícia técnica cientifica, foi possível fazer justiça no caso da menina Isabela Nardoni.

Por Karine Diniz
Edição: ASCOM PRB

Foto: Douglas Gomes 

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