Republicano aposta em tecnologias alternativas como a dessalinização da água do mar para minimizar o problema
Brasília, 4 de agosto - O Nordeste enfrenta uma das mais graves crises hídricas de todos os tempos. No retorno dos trabalhos legislativos, o deputado Ronaldo Martins (PRB-CE) relatou o drama enfrentado por milhares de famílias e cobrou uma intervenção substancial do Poder Público para minimizar o problema. O republicano viajou de Fortaleza para Brasília, de carro, e descreveu o cenário encontrado.
“Fiz questão de vir eu mesmo dirigindo, com a minha família, de Fortaleza até Brasília. Saí do Ceará no sábado e cheguei na segunda-feira. Uma viagem que poderia facilmente ser realizada em dois dias, se tivéssemos rodovias decentes, leva, pelo menos, um dia a mais. Muitos carros danificados ao longo do trecho, acidentes, mortes e, como reza a cartilha do descaso, muita dificuldade para o escoamento de cargas. Presenciamos o drama de centenas de famílias, perambulando por quilômetros pelas margens das rodovias, com latas d'água na cabeça”, lamentou.
Martins destacou que os sertanejos estão sujeitos apenas ao abastecimento de carros pipas improvisados que, muitas vezes, fornecem água suja, barrenta e imprópria para o consumo. “O Ceará recebeu a menor recarga em seus reservatórios dos últimos 17 anos, quando esse índice começou a ser medido no atual formato de cálculo. Acumulamos apenas 0,52 bilhões de metros cúbicos, contra 1,16% em 2014. Para que possamos ter uma ideia do drama que é a questão hídrica no Ceará, no ano de 2003 essa recarga d’água foi de 5,02%”, disse.
O deputado criticou a visão equivocada de que o nordestino é um coitado porque nasceu numa terra miserável onde sua única opção seria depender da esmola e da consciência afetada do restante. “Esta visão acabou contaminando as ações do próprio Poder Público, que se agarrou a uma tendência cada vez mais forte de implementar políticas públicas clientelistas e eleitoreiras. Pois eu digo, aqui desta Tribuna, com todas as letras, que o nordestino é, antes de tudo, um forte. Uma gente corajosa, injustiçada, que acredita no trabalho como missão de vida; e que merece o respeito de todos os brasileiros”, afirmou.
Ronaldo Martins considera igualmente errada a expressão “combate à seca”, que nada produziu de duradouro para o cenário daquela região. Para o republicano, o Nordeste precisa de ações que viabilizem a convivência do homem do campo com a estiagem, já que obra nenhuma feita pelo homem vai permitir que se altere o quadro de imprevisibilidade das chuvas porque esta é uma característica daquela região. “A seca é uma característica permanente, uma marca do clima, do semiárido. É sobre esta particularidade que deveriam estar debruçados o Governo Federal, os governos dos estados e as prefeituras”, criticou.
Ao finalizar seu pronunciamento, o parlamentar citou o exemplo do que acontece em Israel. “Temos ali um país que enfrenta realidade climática até mais severa que a nossa, mas que criou condições de aproveitamento de seu solo, desértico, para hoje fomentar uma agricultura de ponta, com tecnologias que transformaram a paisagem e a sociedade, sem a sanha transloucada de querer modificar o clima da região”, concluiu.
Ronaldo Martins considera igualmente errada a expressão “combate à seca”, que nada produziu de duradouro para o cenário daquela região. Para o republicano, o Nordeste precisa de ações que viabilizem a convivência do homem do campo com a estiagem, já que obra nenhuma feita pelo homem vai permitir que se altere o quadro de imprevisibilidade das chuvas porque esta é uma característica daquela região. “A seca é uma característica permanente, uma marca do clima, do semiárido. É sobre esta particularidade que deveriam estar debruçados o Governo Federal, os governos dos estados e as prefeituras”, criticou.
Ao finalizar seu pronunciamento, o parlamentar citou o exemplo do que acontece em Israel. “Temos ali um país que enfrenta realidade climática até mais severa que a nossa, mas que criou condições de aproveitamento de seu solo, desértico, para hoje fomentar uma agricultura de ponta, com tecnologias que transformaram a paisagem e a sociedade, sem a sanha transloucada de querer modificar o clima da região”, concluiu.
Por Mônica Donato (Ascom Liderança do PRB)
Foto: Douglas Gomes
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