Após a rodada de perguntas ao presidente Marcos Pereira, foi a vez do líder Celso Russomanno responder às dúvidas da plateia e de internautas sobre direitos do consumidor. Venda casada, contratos de financiamentos, planos de telefonia móvel e cartões de crédito foram os principais temas abordados. Destaque-se a participação do deputado Sérgio Reis (PRB-SP) e de uma representante da Comunidade Surda do Brasil no debate.
Russomanno informou que o PRB está assumindo o compromisso de chamar as operadoras em audiência pública na Câmara dos Deputados para obrigá-las a cumprir o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que proíbe a venda casada, ou seja, condicionar a venda de um serviço a outro. “É perfeitamente compreensível que pessoas com deficiência auditiva não precisem contratar o serviço de ligação. Parabenizo o deputado Carlos Gomes pela iniciativa de convidá-los para o debate e por estar à frente do assunto em seu estado. A sede do partido no Rio Grande do Sul tem um departamento só para pessoas com deficiência auditiva. Essa é uma forma de incentivá-los a exercerem sua cidadania”, afirmou o republicano.
O deputado Sérgio Reis (PRB-SP) reclamou que muitas pessoas ligam para ele e escutam a mensagem de que o número não existe quando, na verdade, o celular está apenas ocupado. “Às vezes eu mesmo ligo para o meu telefone e escuto essa mensagem. Já deixei de fechar negócios por causa desse transtorno e isso tem me prejudicando inclusive financeiramente. O que eu faço?”, perguntou.
Russomanno explicou que a prestação do serviço continuado está amparada no art. 22. “Os órgãos públicos, por si ou suas empresas concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Você deve oficiar à operadora para que cumpra o que está sendo vendido. Ela pode ser autuada e obrigada a pagar danos materiais pelos shows que você deixou de fazer, além de danos morais, porque você não conseguiu conversar com as pessoas e passou por constrangimento”, explicou o deputado.
Outro ponto abordado no debate foi a falha no fornecimento de serviços contínuos essenciais como água ou energia. Segundo Russomanno, o consumidor deve anotar o dia e o horário em que ficou sem o serviço para pedir que seja descontado na conta. “Muitas pessoas não sabem disso e se deixam enganar”, lamenta o deputado. Ele ainda aconselhou que, no caso da falta de água, o consumidor feche o registro, uma vez que o hidrômetro contabiliza qualquer tipo de fluido, seja ar, água ou óleo. “Se não fecharmos o hidrômetro quando faltar água, vamos pagar pelo ar que passou”, acrescentou o líder.
Por Mônica Donato e Fernanda Cunha (Ascom Liderança do PRB)
Por Mônica Donato e Fernanda Cunha (Ascom Liderança do PRB)
Fotos: Douglas Gomes
Nenhum comentário:
Postar um comentário