Não à violência contra idosos

          Plenário da Câmara dos Deputados se transforma em Comissão Geral para debater o tema 
Deputado Vitor Paulo, ministra Maria do Rosário e o senador Paulo Paim 
Idosos marcam presença na Comissão 

“O respeito aos idosos não tem sido oferecido pelos governos, pelos Estados e pelas famílias”, criticou o deputado republicano Vitor Paulo, presidente da Frente Parlamentar em Apoio ao Idoso e autor do requerimento para realização da Comissão. O evento realizado nesta quarta-feira (02) contou com a presença da ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, do secretário do Idoso do DF, Ricardo Quirino, da juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Gabriela Jardon, da defensora pública, Paula Regina e do autor do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), senador Paulo Paim e de vários deputados.


Vitor Paulo cobrou a adoção de políticas públicas para erradicar a violência contra os idosos. “Na semana em que se comemoram os 10 anos do Estatuto do Idoso, infelizmente, 80% do que está escrito não tem sido aplicado no Brasil. É uma pena, o que está escrito faria do Brasil um dos países mais avançados do mundo em políticas públicas para a segurança da pessoa idosa”, disse o parlamentar.

Na avaliação da ministra Maria do Rosário, a iniciativa do deputado Vitor Paulo reafirma o compromisso ético entre as gerações. “A superação da violência contra o idoso deve estar ao lado de ações de desenvolvimento econômico do país como, por exemplo, a inclusão social e a superação da miséria extrema. Hoje, nós temos que lamentavelmente admitir que cresce o número de casos desse tipo de violência no país. Nós estamos falando de vidas que merecem ser dignificadas”, ressaltou a ministra.

A juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Gabriela Jardon, falou sobre a Central Judicial do Idoso. “Esse projeto é administrado no seu dia a dia por três instituições: o Tribunal de Justiça do DF, o Ministério Público do DF e a Defensoria Pública do DF. Temos núcleos de acolhimento que são feitos por dois profissionais, no mínimo, um com formação jurídica, outro com formação em psicologia ou assistência social, que vai escutar essa queixa desse idoso ou de sua família”, informou. A defensora pública, Paula Regina de Oliveira, acrescentou que desse projeto foi possível traçar um mapa da violência contra o idoso no DF que está servindo para evitar reincidências e novas agressões.

O secretário do Idoso do Distrito Federal, Ricardo Quirino, lamentou que grande parte da violência contra os idosos é praticada no âmbito familiar. “Infelizmente, o conceito de família está falido, diante do que acontece com os idosos dentro de casa. É necessário preparar as famílias, quebrar paradigmas de preconceito contra os mais idosos e promover junto às escolas à valorização da pessoa idosa”, finalizou.

Texto: Laize de Andrade e Mônica Donato
Fotos: Douglas Gomes 

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