Deputado lembra que redução de investimentos à CEPLAC afeta pesquisas para o combate à vassoura-de-bruxa e serviços de assistência técnica e extensão rural aos produtores
Atendendo ao requerimento do deputado republicano Márcio Marinho (BA), a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados realizou, na tarde desta terça-feira (29), audiência pública para tratar os problemas da cacauicultura no Brasil. Marinho questionou a Secretaria de Orçamento Federal sobre os sucessivos cortes feito ao orçamento da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira – CEPLAC e criticou a ausência de representes do Ministério da Agricultura no debate.
“Recebemos o apelo de vários produtores do sul da Bahia para que nós pudéssemos ser seus interlocutores nesse diálogo que está havendo nesta Casa hoje. Também fomos procurados por prepostos da CEPLAC que nos informaram que sem esses investimentos do governo não há meios para aumentar o desenvolvimento e a produção do setor. Sabemos da necessidade de contingenciamento em alguns setores da agricultura, mas o cacau tem uma importância histórica e não podemos fugir desse debate”, recriminou.
O deputado lembrou que grande parte das plantações de cacau apresenta aumento de variedades susceptíveis à vassoura-de-bruxa, o que pode ser uma consequência do não uso de novas tecnologias de combate à praga. “A CEPLAC é responsável pela proteção do Plano da Lavoura Cacaueira e sem esses recursos orçamentários para o controle da enfermidade, a situação ficará cada vez mais incerta para a cultura cacaueira, que não se restringe apenas ao Estado da Bahia, mas também a outros estados da Federação”, acrescentou.
A audiência pública contou com a participação do diretor da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), Helinton José Rocha, do diretor do Departamento de Programas da Área Econômica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, representando a Secretaria de Orçamento Federal, Marcos de Oliveira Ferreira, do superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Secretaria da Agricultura da Bahia, Raimundo Sampaio e de vários representantes de entidades ligadas à produção de cacau.
Texto: Mônica Donato
Foto: Douglas Gomes
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