Deputado Otoniel Lima (PRB/SP) |
Com a presença dos deputados republicanos Acelino Popó (BA), Antonio Bulhões (SP) e Otoniel Lima (SP), a Comissão de Meio Ambiente da Câmara debateu, na tarde desta terça-feira (29), a denúncia de maus-tratos a animais no Instituto Royal. A audiência pública contou com a presença do advogado da instituição, Alexandre Domingos Serafim, da apresentadora Luisa Mell e de ativistas.
O deputado Otoniel Lima (PRB/SP), que esteve no município de São Roque na última sexta-feira (25), afirmou que só quem esteve pessoalmente no local pode dizer que houve maus-tratos. “Não fomos recebidos por nenhuma autoridade competente no instituto. Chegamos às 9h da manhã e só saímos 20h quando conseguimos interditar as atividades do laboratório. Vamos movimentar a população para que esse episódio não caia no esquecimento e que esses 60 dias se transformem em ações concretas que impeçam a matança e a mutilação de outros animais”, afirmou.
Deputado Antonio Bulhões (PRB/SP) |
Para Bulhões, o assunto não pode ser tratado com sensacionalismo. “Sou contra o sofrimento e o sacrifício de animais para testar cosméticos ou outros produtos não essenciais. Mas não tenho como ser contra as pesquisas para a cura do câncer e de outras doenças que afetam a humanidade. Precisamos encontrar um meio termo e desenvolver alternativas para não atrasar as pesquisas cientificas nessa área”, ponderou o parlamentar.
Deputado Acelino Popó (PRB/BA) |
Popó declarou seu amor pelos animais e disse que não medirá esforços para defender a causa. “O Ministério da Ciência e Tecnologia precisa encontrar meios de realizar pesquisas sem o uso de animais e acabar com esse sofrimento causado a eles”, defendeu.
O advogado do Instituto Royal Alexandre Domingos Serafim afirmou, durante a audiência, que todas as pesquisas com animais feitas hoje no instituto têm base na ordem e na legalidade. Ele informou que a entidade possui uma comissão de ética para analisar o tratamento dos animais e certificado de boas práticas de pesquisas com animais.
Serafim afirmou também que a entidade tem certificado do Conselho de Controle de Experimentação Animal (Concea), e todas as instalações em que os cães são tratados respeitam as dimensões reguladas por lei. Ele ressaltou ainda que, em 2013, a pedido do Ministério Pulico, o Instituto Royal sofreu ampla inspeção. Segundo o advogado, um biólogo verificou o estado de saúde dos animais e constatou que eles estavam bem e não aparentavam ter sofrido abusos e maus-tratos.
O republicano César Halum (TO) é o vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Animais na Câmara, que tem como membros os deputados Acelino Popó, Antonio Bulhões, Cleber Verde e Otoniel Lima. Eles também fazem parte da comissão externa que investiga os maus-tratos aos animais e acreditam que a averiguação não deve ser apenas no Instituto Royal, mas em todos os laboratórios de pesquisa do Brasil.
Texto: Mônica Donato
Foto: Douglas Gomes
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