Deputado Vítor Paulo declara guerra à violência contra os idosos e pede o apoio da sociedade
Deputado Vítor Paulo (PRB/RJ) |
Segundo o parlamentar, é indispensável prevenir e combater a violência que se volta especificamente contra esse segmento da população. “Em 2006, a Organização das Nações Unidas designou 15 de junho como ‘Dia Mundial de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa’. Trata-se, é claro, de uma data que nada tem de comemorativa – ao contrário, procura abrir um espaço de conscientização e denúncia”, explicou.
O deputado destacou o estudo coordenado pelo Ministério da Saúde que registrou 3.593 notificações de violência contra idosos, procedentes de 524 municípios, no ano de 2010. O próprio documento alerta, contudo, para a subnotificação, evidenciada no fato de menos de 10% dos municípios terem informado oficialmente casos de violência. “Pode-se imaginar, portanto, que o número real seja muitas vezes superior”, revelou o deputado.
De acordo com o estudo, a idade média dos idosos vítimas de violência é de 71 anos, com ligeira predominância das mulheres. Quase 80% das agressões ocorreram nas casas das vítimas, e mais da metade dos agredidos já tinha sofrido violência antes. Dois terços dos ataques a idosos foram cometidos por homens, e mais de 32% dos agressores eram filhos das vítimas. Na maioria dos casos, os autores eram familiares, parceiros conjugais e outros conhecidos dos idosos; só 15,6% das agressões foram praticadas por desconhecidos.
Na avaliação de Vítor Paulo os dados revelam um quadro grave e preocupante. “Temos uma boa legislação de proteção aos idosos, mas devemos avançar em medidas concretas para evitar a violência que muitos deles sofrem. Nesse sentido, estamos lançando a Campanha Nacional ‘Respeite os mais Velhos’ cujo objetivo é conscientizar a sociedade sobre a incidência dessa prática. Acredito que uma campanha bem conduzida, voltada principalmente para os jovens, pode coibir a violência contra os idosos e estimular o respeito e a valorização que eles merecem”, acrescentou.
O deputado lembrou que sugeriu ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a criação de espaço exclusivo para a população idosa nos Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua, nos albergues, nos abrigos públicos e nas demais modalidades de acolhimento institucional de pessoas em situação de rua. “Hoje, como a idade não é levada em conta nesses locais, muitos idosos são vítimas de maus-tratos e compelidos a pernoitar na rua”, finalizou.
Texto: Mônica Donato
Foto: Luis Macedo
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