Deputado George Hilton destaca vitória brasileira na eleição da OMC

É a primeira vez que um brasileiro assume o comando do órgão
Líder do PRB na Câmara, deputado George Hilton (MG)
Brasília, 08 de maio - Em discurso proferido na Câmara dos Deputados, o líder George Hilton (PRB/MG) destacou a significativa vitória brasileira na eleição do Embaixador Roberto Azevêdo para a Direção-Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). “Essa conquista fortalece a imagem do nosso país, que no momento vinha recebendo críticas sobre políticas econômicas protecionistas”, ponderou.

Na avaliação do parlamentar, ao indicar um profissional com todas essas qualificações, o Brasil demonstrou disposição de buscar uma maior participação nas negociações internacionais do comércio. “Roberto Azevêdo é referência por dominar todos os meandros das negociações que buscará destravar a Rodada Doha em dezembro próximo. Embora o Brasil tenha compromisso com o MERCOSUL, com a eleição do experiente e habilidoso diplomata, o país informa que o mundo econômico não se limita aos parceiros da América do Sul. Pelo tamanho da sua economia e de sua relevância política, o Brasil quer ir além”, argumentou.

O deputado lembrou que, em termos de liberdade econômica, a maioria dos países está mais próxima do Brasil do que o México. Hermínio Blanco, candidato concorrente, tem no seu currículo como Ministro do Comércio do México, a negociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte, que liberou o comércio com os Estados Unidos e o Canadá.

Criada para liberar as amarras do comércio mundial, a OMC tem agora o desafio de agilizar a Rodada Doha, a qual o embaixador trabalhou muito bem, mas atolou justamente por causa de países que não queriam abrir mão de políticas protecionistas. “Por causa do travamento da Rodada, mais de 200 acordos bilaterais foram celebrados privilegiando apenas os signatários”, afirmou o líder.

Ao concluir seu pronunciamento, George Hilton alertou a preocupação do Brasil em aumentar a produtividade de sua indústria. “As questões da política fiscal são temporárias. Pretendemos com as próximas reformas quebrar as correntes da legislação que prejudicam a liberdade econômica, como a nova lei dos portos”, completou.

Texto: Mônica Donato
Foto: Douglas Gomes

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