“Os caminhoneiros não podem ficam sem proteção contra roubo”, alerta Russomanno ao intermediar reunião entre FENACAT e SUSEP


Brasília, 9 de junho - Os problemas que levaram milhares de caminhoneiros a entrar em greve e a paralisar as principais rodovias do país vão além do preço do frete, da insegurança nas estradas e das más condições de trabalho. O deputado Celso Russomanno (SP), líder do bloco PRB, PTN, PMN, PRP, PSDC, PRTB, PTC, PSL e PTdoB, recebeu, na Liderança do PRB na Câmara, membros da Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (FENACAT), que reclamam dos altos preços cobrados para a contratação de seguros dos caminhões.

A reunião proposta pela vereadora do PRB de Patrocínio (MG), Greyce Elias, também contou com a participação da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e do presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Roubo de Cargas, deputado Marcelo Squassoni (PRB/SP). Segundo a vereadora, a associação buscava um diálogo com a SUSEP há mais de seis meses e, por meio da articulação do líder Celso Russomanno, o encontro foi possível. “Queremos colocar o assunto em pauta para solucionar esse impasse que tem prejudicado a vida de tantos trabalhadores”, afirmou Greyce.

Segundo a representante da FENACAT, Virginia Laira, os caminhoneiros não têm condições de pagar o seguro do “casco” e estão se organizando em associações para fazer o rateio dos prejuízos que vierem a sofrer. “As cargas são seguradas separadamente, mas os caminhões ficam “descobertos” e, se algo acontecer, o prejuízo será do caminhoneiro, que pode até perder o seu instrumento de trabalho. Para minimizar esse problema, as associações estão realizando autogestão do risco e rateando os custos. Já recebemos multa de até 200 milhões de reais, valor impagável e injusto" criticou a advogada.

Dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) revelam que a frota de caminhões e rebocadores do Brasil hoje é de 5,3 milhões. Desses, apenas 400 mil são assegurados. Já a FENACAT atende em torno de 200 mil caminhoneiros associados. Na avaliação do deputado Russomanno, os caminhoneiros não podem ser prejudicados por esse impasse entre as associações e as seguradoras.

“O preço do seguro para um caminhão de 200 mil reais, por exemplo, custa em média 40 mil reais por ano. É muito dinheiro. Não podemos deixar os caminhoneiros sem nenhuma proteção. A maioria deles são autônomos e contratados por transportadoras para prestar o serviço. O caminhão é o seu único instrumento de trabalho. O roubo representa o fim da possibilidade de ganhar dignamente o seu sustento”, argumentou Russomanno.

Marcelo Squassoni informou que a Frente Parlamentar Mista de Combate ao Roubo de Cargas foi reinstalada recentemente e que esse assunto deverá ser tratado com prioridade. “A frente conta com a adesão de 207 parlamentares, entre deputados e senadores. Vamos dividir o trabalho do colegiado por temas para otimizar e acelerar a tramitação dos projetos de interesse da categoria, tanto na Câmara quanto no Senado”, adiantou o republicano.

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Durante a reunião, os membros da FENACAT também pediram o apoio da bancada do PRB para apoiar o Projeto de Lei 4844/2012, que permite aos transportadores de pessoas ou cargas organizarem-se em associação de direitos e obrigações recíprocas para criar fundo próprio, desde que seus recursos sejam destinados exclusivamente à prevenção e reparação de danos ocasionados aos seus veículos por furto, acidente, incêndio, entre outros.

Por Mônica Donato (Ascom Liderança do PRB)
Foto: Douglas Gomes 

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