Bulhões alerta que o excesso de tecnologia pode causar “nomofobia”


Em pronunciamento no plenário da Câmara na manhã desta terça (2), o deputado republicano Antonio Bulhões (PRB/SP) chamou atenção para o mais novo vício da modernidade: a "nomofobia". O termo derivado da expressão inglesa “no mobile” ou “sem celular” designa a angústia experimentada por alguns indivíduos quando privados do acesso a seus celulares e, por extensão, à internet e às redes sociais.

“Os benefícios trazidos pelas novas tecnologias para a vida nas sociedades contemporâneas são inegáveis. Contudo, não podemos ignorar que essas mesmas tecnologias, quando utilizadas em excesso e sem critérios, podem causar graves transtornos a seus usuários. Isso acontece porque tais indivíduos não suportam a ansiedade de estar desconectados do mundo virtual, ainda que por alguns minutos ou segundos. É cada vez mais frequentes os casos de acidentes de trânsito causados pelo uso de celulares. Assim como a dependência de álcool e de drogas, a dependência digital também pode ser devastadora”, alerta Bulhões.

Na avaliação do deputado, a exposição intensiva à tecnologia está remodelando as habilidades cognitivas e a psique humana. “Com o aumento do número de usuários de smartphones ao redor do mundo, crescem também as evidências de que o uso excessivo destes equipamentos pode causar isolamento social, comportamento perigoso no trânsito e alterações no sono. É importante e urgente que pais e educadores, desde cedo, ponham limites às interações das novas gerações com artefatos tecnológicos, de modo a ensiná-las a tirar o máximo proveito da tecnologia sem se deixarem escravizar por ela”, defende o deputado.

A nomofobia é um fenômeno já identificado como doentio pelos profissionais de saúde. No ano passado, uma publicação da Escola de Saúde Pública da Universidade de Gênova, na Itália, sugeriu que a nomofobia fosse incluída na próxima versão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, publicação da Associação Americana de Psiquiatria adotada como principal guia internacional para o diagnóstico das doenças mentais.

Por Mônica Donato (Ascom Liderança do PRB)
Foto: Douglas Gomes

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