“Uso do dinheiro público nas Santas Casas precisa ser fiscalizado com mais rigor”, alerta Sérgio Reis


A crise das Santas Casas, Hospitais Filantrópicos e Entidades sem fins lucrativos foi tema de debate na Comissão de Comissão de Seguridade Social e Família, na última terça (24). As entidades acumulam hoje uma dívida de R$ 17 bilhões e apontam como principal causa do problema a defasagem na tabela de valores do SUS (Sistema Único de Saúde). Na avaliação do deputado Sérgio Reis (PRB/SP), esse endividamento poderia ser evitado se houvesse uma melhor gestão dos recursos públicos.

“É preciso acabar com o desperdício do dinheiro público com os superfaturamentos e principalmente com as máfias que agem nos hospitais. As Santas Casas devem existir para atender aos pobres e necessitados. Defendo mais rigor na fiscalização sobre o uso do dinheiro público para evitar crises como a que atinge atualmente essas entidades em todo o país”, lamentou.

Apesar da crítica, o parlamentar reconhece que é preciso corrigir o que está errado em relação à tabela do SUS. “O que não pode acontecer é o cidadão morrer à míngua sem atendimento na porta de um hospital, seja ele público ou privado. Precisamos inverter essa lógica mercantilista da saúde para a lógica social, da valorização e do respeito à vida”, defende Sérgio Reis.

Saiba mais 

Na reunião da comissão de Seguridade, os deputados discutiram o Programa de Fortalecimento das Entidades Privadas Filantrópicas e das Entidades sem Fins Lucrativos que Atuam na Área da Saúde (Prosus), que foi criado em 2013 e permite a moratória e a remissão das dívidas tributárias. Segundo o Ministério da Saúde, até agora apenas 265 das 600 instituições esperadas pediram adesão ao programa. A novidade é que a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram uma linha de crédito de reestruturação dos hospitais filantrópicos, que estará disponível a partir de 6 de abril.

Por Claudivan Santiago 
Edição: Ascom Liderança do PRB 
Foto: Douglas Gomes  

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