Em seu primeiro pronunciamento na tribuna da Câmara dos Deputados, a deputada republicana Tia Eron (PRB/BA) reafirmou seu compromisso em continuar lutando para garantir a independência do Poder Legislativo, a aprovação da Reforma Política e os direitos dos que vivem em situação de desigualdade. A republicana homenageou as mulheres de todo Brasil e, sobretudo, as da Bahia, pela passagem do Dia Internacional da Mulher.
“É motivo de orgulho e de muita responsabilidade representar cada um dos 116 mil e 900 votos que obtive nas urnas. Há 41 dias no exercício do mandato de Deputada Federal, já pude perceber a grandiosidade deste Parlamento, tamanha a quantidade de trabalho e de assuntos aqui debatidos em favor da sociedade brasileira. A experiência política na vereança da cidade de Salvador me mostrou que é preciso uma virtude chamada humildade para ser responsável e tratar eticamente a coisa pública”, declarou.
A deputada disse não compreender como a Câmara dos Deputados ainda não tem uma comissão permanente para tratar das questões raciais. “O Parlamento teve a competência e a habilidade de se debruçar sobre este tema, estabeleceu o Estatuto da Igualdade Racial, que torna crime hediondo toda prática de discriminação, do preconceito, que ainda é extremamente latente no nosso país. Isso muito me preocupa, porque a pauta legislativa sobre este recorte racial está ainda apolítica, está também acéfala”, criticou.
Tia Eron fez referência a projetos de sua autoria que pretende alterar o Regimento Interno da Câmara dos Deputados para tornar obrigatória, na composição da Mesa Diretora, a participação de deputadas, respeitando a representatividade do gênero feminino. Outra proposta altera o Código Eleitoral para, mantendo a proporcionalidade de gênero obtida no processo eleitoral, tornar obrigatória a convocação de uma suplente para preencher a vaga antes ocupada por uma deputada.
Por fim, Eron lembrou que a superação da violência contra as mulheres é dever dos poderes constituídos e de toda a sociedade. “Este crime, em todas as suas formas, ameaça a democracia, enfraquece a igualdade entre homens e mulheres, favorece a discriminação e compromete a integridade física e psíquica das futuras gerações, provocando um descompasso social. A Bancada feminina da Casa tem trabalhado incansavelmente para minimizar esses problemas que, infelizmente, ainda são enfrentados, silenciosamente, por muitas mulheres do Brasil”, acrescentou.
Por Mônica Donato
Fotos: Douglas Gomes
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