Manifestações: educação, direitos e deveres, por Bulhões

Deputado Antonio Bulhões
“As manifestações ocorridas nas últimas semanas permitem a um observador cético considerar algumas hipóteses. O governo rompeu o limite da tolerância da população ou a população é que perdeu a noção do limite”, questionou o deputado republicano Antonio Bulhões (SP) no plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (2).

Para Bulhões, dependendo do ângulo que se enxerga o processo, as duas hipóteses são plausíveis. “Se buscarmos entender como a maioria da população viaja nos transportes públicos ou como é a espera de uma pessoa para receber atendimento num hospital, temos que entender os manifestantes. Se olharmos para as depredações que ocorrem, somos levados a acreditar que direitos alheios estão sendo violentamente atacados”, explicou.

Na avaliação do deputado, há uma inversão de valores na educação dos brasileiros em que os direitos se sobrepõem aos deveres. “Entendemos que a nossa trajetória pela vida se faz com o suor do rosto e com persistência. Nada é dado, tudo é feito com esforço. O lazer é um período de refazimento das energias para o novo dia de trabalho. As políticas de somente focar os direitos anda produzindo um efeito não intencional”, alertou.

Texto: Mônica Donato
Foto: Luis Macedo

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