Deputado Antonio Bulhões (PRB/SP) |
Em
discurso na Câmara dos Deputados, o deputado Antonio Bulhões (PRB/SP) alertou
para o perigo dos movimentos totalitários gerarem atos terroristas no convívio
social. O parlamentar lembrou que vivemos tempos perigosos em que os pontos de
vistas dos “modernosos” trazem uma grande força moral por meio da propaganda do
“vitimismo”.
Na avaliação do parlamentar, o problema do totalitarismo é que ele
não reconhece no outro a legitimidade de existir. “É indiscutível a força que
os movimentos gays impõem na tentativa de criar uma agenda de seus militantes,
tanto na elite como nas classes menos favorecidos. Entretanto, quem não
concorda com a visão de mundo deles, corre o risco de ser perseguido e de ser
humilhado” afirmou.
Bulhões destacou que a mesma Constituição Federal que impede atos
de terrorismo é a que garante a permanência do deputado Marco Feliciano na
presidência da Comissão de Direitos Humanos. “Vivemos um tempo que me fez
lembrar um poema: “Quando levaram os comunistas eu me calei, porque eu não era comunista.
(...) Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era
judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse”, disse.
Para o parlamentar, uma pessoa não pode ser acusada de homofóbica
só porque não concorda com o movimento. Segundo ele, a militância transforma o
comportamento sexual estritamente privado em uma agenda política violenta, como
se viu na Câmara dos Deputados nas últimas semanas.
“Vivemos tempos perigosos em que os pontos de vistas dos modernosos
trazem uma força moral grande através da propaganda do vitimismo. Não se deve
dar pouca atenção à vanguarda totalitária, porque senão, “na primeira noite colhem uma flor
de nosso jardim, e não dizemos nada. Na segunda, matam nosso cão, e não dizemos
nada. Até que, conhecendo nosso medo, arrancam-nos a voz da garganta. E porque
não dissemos nada, já não podemos dizer nada”, concluiu.
Foto: Douglas Gomes
Texto: Mônica Donato
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