Deputado Cleber Verde (PRB/MA)
Da Tribuna – Em discurso proferido no
plenário da Câmara nesta sexta (12), o deputado Cleber Verde (PRB/MA) defendeu
o direito dos aposentados do Regime Geral da Previdência Social de renunciar às
aposentadorias por tempo de contribuição e especial para, a qualquer tempo,
voltar a trabalhar e, requerer nova aposentadoria de maior valor.
O parlamentar fez referência ao Projeto
de Lei nº91, de 2010, de autoria do senador Paulo Paim, que altera a Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991, aprovado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
do Senado e registrou que existe um projeto de sua autoria sobre o mesmo tema
desde 2007. “Nós entendemos que está havendo, ao longo dos anos, uma apropriação
indevida dos recursos dos aposentados”, explicou.
Segundo o deputado, o objetivo do PL 2682/2007, de sua autoria, é corrigir o
equívoco cometido pelos órgãos da Previdência Social que, baseados na ausência
de previsão legal, indeferem o direito de renúncia à aposentadoria. “Isso é
extremamente nocivo para o trabalhador. É na aposentadoria, quando deixa de
trabalhar, que ele mais precisa de recursos para manter a si e sua família,
para a compra de medicamentos, de vestuário e da sua alimentação básica. Então,
esse trabalhador, esse aposentado tem sido prejudicado por conta do fator
previdenciário”, argumentou.
O parlamentar lembrou que esses aposentados que sofreram com os efeitos do
fator previdenciário têm diminuído o seu poder de compra. “O aposentado é
duplamente penalizado: no ato da concessão, pela aplicação do fator
previdenciário, quando já há redução da aposentadoria; e pelos índices
diferenciados de reajuste e de correção, que diminuem o seu poder de compra”,
criticou.
Cleber Verde assegurou que o governo admite a probabilidade de ocorrência da
obrigação da desaposentação. “O STF dá sinais de decisão favorável aos
aposentados e o governo admitiu a probabilidade de ocorrência dessa obrigação,
ao prever um impacto na LDO de ordem de 49,1 bilhões para arcar com o custo
financeiro. Ou seja, o governo já concordou que será necessário cobrir essa
eventual despesa. É uma questão de tempo. Ou esta Casa aprova a matéria, ou, o
Judiciário vai decidir”, complementou.
Texto: Mônica Donato
Foto: Lucio Bernardo Jr.
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