Deputado lembra que a matéria não deve ser tratada exclusivamente sob a ótica econômico-fiscal, pois se trata de uma questão de Saúde Pública
Deputado César Halum |
O republicano
César Halum (PRB/TO) cobrou da presidência da Câmara a necessidade de se
avançar na apreciação da PEC 301/13, que desonera os medicamentos e os insumos
utilizados em sua produção e comercialização. Segundo ele, é preciso ampliar o
acesso da população aos medicamentos e uma das estratégias para alcançar esse
objetivo é a desoneração tributária.
“A
carga tributária total dos medicamentos comercializados no Brasil é uma das
mais altas do mundo e cerca de três vezes maior que a média global. Observamos o
governo desonerar vários setores da economia, por exemplo, fábricas de
automóveis para colocar mais carros nas ruas. Mas não vemos a mesma boa vontade
para isentar ou reduzir os tributos que incidem sobre os medicamentos”, criticou.
O
republicano, membro da Frente Parlamentar para a Desoneração de Medicamentos na
Câmara, encomendou um levantamento à Receita Federal sobre o total de recursos
arrecadados pela União com os medicamentos. “O resultado é impressionante. Só
em 2010, mais de R$ 3,3 bilhões foram recolhidos em tributos como o Cofins
(Contribuição para a Seguridade Social), Imposto sobre a Importação e CSLL
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) entre outros”, informou.
Halum
lembrou que a proposta fará justiça social aos que são portadores de doenças
crônicas e necessitam dos medicamentos. “O corte dos impostos faria pouca
diferença no Orçamento da União, pois o valor oriundo dos medicamentos
representa 0,16% do total arrecadado. A tributação deve ser aplicada aos
produtos supérfluos, não aos remédios, pois existem famílias que gastam mais de
R$ 2 mil por mês com remédios de uso continuo”, exemplificou o deputado.
A
matéria, que tramita de forma especial, foi apensada à PEC 491/2010 e está
sujeita à apreciação do Plenário.
Por Vinícius Rocha
Edição: Mônica Donato
Foto: Douglas Gomes
Foto: Douglas Gomes
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