Deputado Otoniel Lima (PRB/SP) |
De acordo com o presidente da Federação Nacional do Polícia Federal (Fenapef), Jones Leal, o número de casos de assédio moral e de suicídios na corporação é crescente. “Em dois anos a polícia federal perdeu 12 colaboradores que cometeram suicídio. Já saí várias vezes de minha residência para socorrer servidores do órgão, que estavam em crise e atentando contra a própria vida” afirmou. Segundo ele, o Departamento de Polícia Federal conta com 13 psicólogos e dois psiquiatras para atender 13 mil servidores.
“Por que os policiais federais estão tirando a própria vida”, questionou a professora de Psicologia, Ana Magnólia Mendes. Para ela, casos de suicídio dentro da PF não é um fato novo, mas só ganham notoriedade quando há um caso concreto. “A falta de gestão na Polícia Federal é algo grave, quando um cidadão passa no concurso da PF, o recém-empossado chega cheio de gás, mas não demora muito para descobrir que está sozinho na empreitada. A maioria dos suicídios são ocasionados pelo assédio moral”, afirmou Magnólia.
Para a psicóloga e pesquisadora da Universidade de Brasília, Fernanda Duarte, não há reconhecimento profissional dentro da Polícia Federal. “Os servidores estão cada dia mais doentes, e essa doença é antiga”, relatou.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal, Flávio Werneck, explicou que o assédio moral acontece por meio de um comportamento abusivo que pode ser um gesto ou uma fala. “Todos os dias ouvimos relatos de escrivães que estão sofrendo perseguição dos seus superiores”, disse.
Otoniel Lima disse estar muito preocupado com a situação dos servidores da Polícia Federal. “Depois desses relatos pude perceber que a situação é mais grave do que imaginávamos. Quantos servidores do Departamento de Polícia Federal terão que se matar para que o Congresso e o Governo tomem as providências?”, questionou indignado.
Texto: Karine Diniz
Edição: ASCOM Liderança do PRB na Câmara
Foto: Douglas Gomes
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