Oliveira Filho critica serviços de operadoras de telefonia e não poupa nem a Anatel
O deputado federal Oliveira Filho (PR) criticou a atuação das empresas de telefonia no País, campeãs nas reclamações dos consumidores segundo estatísticas dos órgãos de fiscalização. Em seu pronunciamento na Câmara sobre os serviços oferecidos por essas operadoras, o parlamentar republicano não poupou nem a Anatel. “Por que a ANATEL não consegue fazer com que as empresas de telefonia prestem serviços de qualidade? Quais são os motivos dessas empresas estarem sempre em primeiro lugar quando se trata de descontentamento? Algo muito grave está acontecendo, pois que se trata de um órgão tão poderoso, mas que exerce seus poderes de forma frágil, débil e ineficaz”, questionou.
Oliveira lembrou que embora os acessos à telefonia fixa e celular proliferem, os investimentos na área estejam acontecendo e muitos dos do passado já não existam, mas novos óbices surgiram. “Em 2012, havia mais de 250 milhões de acessos na telefonia móvel, sendo 205,2 milhões em pré-pagos (81,83%) e 45,6 milhões para pós-pagos (18,17%), conforme relatório da ANATEL de 17 de abril de 2012. Em 2013, o total de acessos passou para mais de 261 milhões de linhas ativas na telefonia móvel e a teledensidade de 132,78 acessos por 100 habitantes. Como se pode perceber, as empresas que operam na área continuam em expansão e com lucros assegurados. Mais uma empresa de telefonia entrará no mercado em 2013. Será a sexta a operar em solo nacional. Fugindo dos aspectos quantitativos e migrando para questões qualitativas, pergunta-se: como estão os serviços dessas operadoras? Os clientes estão satisfeitos? Quais são as reclamações frequentes? A resposta é simples: a insatisfação é generalizada”, argumentou.
O deputado apresentou os dados do Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas, do Ministério da Justiça, de 18 de setembro de 2012, no qual foi divulgado que entre as cinco primeiras empresas campeãs de reclamação, duas são de telefonia (Oi e Claro); entre as 15 primeiras, quatro são de telefonia. Segundo Oliveira Filho, parte do que está acontecendo se explica pelos chamados "exterminadores de custos" das empresas. “Eles têm cortado os custos com machado, promovendo um desmonte dos padrões de qualidade, incluindo terceirização extrema da mão de obra, jornada de trabalho extenuante e desumana, não pagamento de horas extras, redução do quadro de funcionários e não aumento de salários, além de cortes profundos em programas de treinamento”, enumerou.
O parlamentar também lembra que os valores dos investimentos na área estão bem maiores que os de custeio. “Os números aparecem bonitos para os acionistas, mas a atuação preventiva já não existe há anos, para se priorizar a implantação de novas linhas.
Oliveira criticou ainda a política de remessa de lucros do setor para o exterior, “onde as sedes destas empresas não possuem a pujança econômica dos seus braços brasileiros e precisam de reforço de caixa”. O deputado conclui advertindo que os brasileiros não podem continuar sendo vítimas desses péssimos e caros serviços de telefonia móvel, tanto nos aspectos técnicos quanto em relacionamento com o cliente.” Até onde irá a incompetência da ANATEL. O que esperar dessas operadoras? Há muita conivência e descaso, daí resultar esse tipo de coisa no País. Continuaremos vítimas?”.
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