Líder do PRB pede medidas enérgicas contra assassinato de policiais em São Paulo




Estarrecido com os recentes levantamentos mostrando que, em pouco mais de 10 meses, o número de policiais executados em São Paulo chega a quase 100, o líder do PRB na Câmara, Antônio Bulhões, afirmou que uma resposta enérgica das autoridades é urgente, de forma a interromper esse ciclo de violência. “É realmente lamentável que pessoas com a nobre missão de preservar a ordem pública, a incolumidade das pessoas e o patrimônio tenham-se tornado vítimas potenciais da violência que buscam combater e prevenir”, afirmou o parlamentar.

Bulhões lembrou que os números apresentados referem-se apenas aos policias mortos. “Segundo uma carta do Comandante-Geral da Polícia Militar de São Paulo, divulgada pela Imprensa, tornaram-se inválidos, neste ano, cerca de cinco mil policiais!”

O parlamentar acrescentou que o trabalho dos policiais normalmente só se torna visível quando ocorre uma tragédia de grandes proporções, que causa comoção social e ocupa espaço na mídia. “Eles, contudo, são heróis não apenas nessas ocasiões. Afinal, para proteger as nossas vidas, se embrenham anonimamente em um trabalho árduo, extenuante e perigoso. Além disso, estão de prontidão para atender a população em qualquer dia do ano, durante 24 horas”.

Além de cobrar das autoridades providências para garantir a vida e a segurança dos policiais, “não só de São Paulo”, Bulhões recomenda que o legislativo nacional também faça sua parte. “Acho que já está mais do que na hora de priorizarmos a votação, em segundo turno, da PEC 300/2008, referente a remuneração dos policiais e bombeiros. Depois, de termos aprovado um texto substitutivo em 6 de junho de 2010, a PEC praticamente foi engavetada, visto que ela aguarda inclusão na pauta há mais de dois anos”.

Ao mesmo tempo, o líder republicano destacou que ao pedir medidas enérgicas contra o verdadeiro extermínio de policiais em SP, não defende que o Estado abuse da violência. “Quando me refiro a uma ação firme contra a criminalidade, é bom que fique claro que sou contra qualquer tipo de violência. Por esse motivo e por vivermos em um Estado de Direito não podemos aceitar que se fala justiça com as próprias mãos em represália às mortes de policiais. Precisamos interromper esse ciclo de violência e não tentar apaga-lo administrando combustível à fogueira da criminalidade”.

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