O deputado federal Vilalba (PE) participou de audiência pública sobre o Pacto das Águas, firmado no VI Fórum Mundial da Água, onde foram discutidos os compromissos políticos que deverão integrar a revisão da Agenda 21, na Conferência Rio+20, que ocorrerá em junho, no Rio de Janeiro.
O evento, organizado pela Frente Parlamentar Ambientalista, também marcou o lançamento oficial do Pacto, que reúne Legislativo, sociedade civil, e organismos de gestores de água em defesa da gestão integrada dos recursos hídricos. O objetivo é fortalecer o tema politicamente. “O fato de nosso país deter 20% da água potável do planeta não é motivo para relaxarmos com relação a questão, mas, pelo contrário, de a analisarmos com ainda mais responsabilidade”, disse o parlamentar ao final da audiência.
Durante o Fórum Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um estudo revelando os principais problemas e desafios que o mundo enfrenta para atender ao direito humano de acesso à água em qualidade e quantidade necessárias à vida. Segundo o documento, a irrigação agrícola e a universalização do saneamento são os mais sérios problemas a serem enfrentados, com legislações firmes e cooperação técnica. Ainda segundo a ONU, a previsão é de que, em 2025, a falta de água afetará um em cada cinco países, atingindo a vida de 3 bilhões de pessoas.
Além do uso descontrolado, da poluição de mananciais e do crescimento da exploração dos recursos hídricos pela agricultura e indústria, outro problema destacado pelo deputado republicano é o a da distribuição geográfica do recurso. “Apesar de termos um quinto da água potável do planeta, em várias regiões do País, a população sofre com a falta de recursos hídricos. O nordeste brasileiro em geral e o meu estado em particular são exemplos. A poucos quilômetros de nossa capital, conhecida como Veneza Brasileira dada a beleza de seus canais cortados por rios, uma parcela significativa da população sofre sem o precioso liquido em suas casas”, lembrou Vilalba.
Para o deputado, eventos como esta audiência servirão para reforçar o tema no dia a dia do Congresso, além de promover a interação com outros protagonistas sociais, ”capazes de colaborar para que consigamos patamares de qualidade e quantidade de água mais do que satisfatórios para toda nossa população”.
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