Com uma homenagem ao jogador Sócrates, capitão da Seleção brasileira de 1982, conhecido pelas suas posições firmes com relação a democratização do futebol brasileiro, o líder do PRB na Câmara e presidente da Comissão de Legislação Participativa, Vitor Paulo (RJ) abriu a audiência pública Futebol e Democracia. Entre os convidados, o diretor de Futebol Profissional do Ministério do Esporte, Ricardo Gomide; o ex-jogador de futebol profissional e um dos responsáveis pela consolidação do sindicato dos jogadores profissionais de futebol no Brasil, Afonso Celso Garcia Reis (Afonsinho); o secretário de Esportes do Distrito Federal, Célio René Trindade; o presidente da Frente Nacional dos Torcedores, José Hermínio Marques; e o jornalista e criador do blog do Paulinho, Paulo Cezar de Andrade Prado.
Após destacar a importância do futebol não só para a identidade nacional, mas também como mecanismo de eliminação de barreiras sociais, o presidente da CLP, Vitor Paulo, passou a palavra ao representante do Ministério do Esporte, Ricardo Gomide, que fez questão de destacar alguns dos avanços obtidos pela gestão da área, principalmente com a criação do Estatuto do Torcedor, durante o governo Lula.
O secretário de Esportes do DF, Célio René Trindade, lembrou a importância que os eventos esportivos têm para o desenvolvimento econômico, salientando o potencial do DF na área. Mas argumentou que os investimentos sociais devem ser objeto de preocupação, se “quisermos realmente dar uma contribuição social maior por meio dos eventos esportivos”.
O autor do blog do Paulinho lembrou que poucos parlamentares têm o compromisso com a democratização do futebol no Brasil. ”Muitos preferem se aliar a Ricardo Teixeira, que em 22 anos a frente da CBF só contribuiu para que o futebol se elitizasse e rendesse dinheiro a poucos, afastando o públicos dos estádios e beneficiando determinados grupos econômicos e de comunicação.
Autora de uma sugestão para projeto de Lei, a Frente Nacional dos Torcedores esteve representada por seu presidente, que destacou a necessidade de criar uma Agência Reguladora para o Futebol, d e forma a fiscalizar com mais empenho e qualidade os negócios e negociatas que fazem parte do principal esporte brasileiro. “Temos que estar atentos a um patrimônio que está sendo corroído por Ricardo Teixeira e outras pessoas que não tem nenhuma preocupação com o aspecto social do futebol. Só com os lucros que podem auferir”, disse José Hermínio.
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