Deputado Otoniel Lima critica perda de foco nas investigações de CPI da Exploração Sexual Infantil


O deputado Otoniel Lima fez severas criticas à condução da CPI da Exploração Sexual Infantil, da qual é um dos vice-presidentes. Segundo o parlamentar republicano, a CPI não pode ficar apenas discutindo acusações contra os policiais militares do Distrito Federal, pois a Comissão foi criada para investigar a exploração de crianças e adolescentes em todo o Brasil e não a suposta conduta de alguns policiais do DF. “Não foi para ficar batendo na PMDF, que foi criada essa comissão”,  afirmou o deputado.
Em audiência pública requerida pela comissão, o promotor de  Justiça Militar do MPDFT, Nísio Toste, foi ouvido para falar sobre o caso de dois policias militares que estão sendo acusado de abusar sexualmente de adolescentes moradores de rua. Em sua oitiva, no entanto, Nísio não confirmou o envolvimento dos policiais. “Não há crime sem materialidade, onde não há identificação das vitimas e nem exame de corpo de delito. Ou seja, não há como provar crime”.
Segundo o promotor, no vídeo gravado em 2008 foram identificados dois policiais, mas, as vitimas ninguém sabe quem é. “O Ministério Público investiga o crime na sua materialidade e eu que faço um apelo a essa comissão, que nos dê os nomes dessas crianças, onde podemos encontrá-las, assim poderemos punir os responsáveis e limpar o nome da corporação”, pediu.
Otoniel Lima defendeu que diante da fixação de parte da CPI em elucidar o caso, que a comissão promova uma acareação entre as vitimas, o produtor do vídeo e os dois policiais. “Assim podemos identificar os autores e a corregedoria da PMDF poderá realmente trabalhar, em vez de ficar só em suposições”, disse.
O deputado republicano lembrou que a corporação já está fragilizada em todo o  Brasil, com salários devassados,  sobrecarga no trabalho em decorrência da necessidade de fazer horas extras para manter a família. “Precisamos ter foco para investigar o que realmente é importante para esta comissão”, concluiu.  

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