Nos últimos anos recebemos todo tipo de mensagens negativas: a Fifa demonstrava preocupação com a conclusão dos estádios; a população não tinha como ver algum lado positivo no desafio de organizar uma Copa do Mundo; os aeroportos ficariam saturados e desconfortáveis; e os confrontos de manifestantes com a polícia afugentaria os turistas. Nada disso ocorreu.
Isso me fez lembrar uma ironia sobre economistas: dizem que é mais seguro fazer uma previsão negativa, porque, não se comprovando, o analista pode também alegar que o alarme serviu para os dirigentes corrigirem os rumos. Os pessimistas também têm algo de maquiavélico. Podemos até cogitar que isso funcionou também com as obras para a Copa e que todos os alarmes negativos tenham feito o governo dobrar a atenção na execução.
O que temos que comemorar, com exceção do placar daquele jogo terrível, é que não vimos nenhum fato negativo que pudesse correr o mundo. A imprensa internacional, que esperava protestos, violência e desorganização, precisou mudar a pauta e dizer que os turistas estrangeiros não perderam tempo na fila da imigração e que a infraestrutura nos estádios é ótima.
Olhando os jornais, me deparei com uma declaração de um pesquisador francês. Ele admitiu que o grande número de reportagens negativas e críticas são fruto de preconceito contra os países do hemisfério Sul, porque não aparecem quando eventos são realizados no hemisfério Norte; a Copa do Mundo estava aqui mais bem organizada que a última Olimpíada de Londres, na qual o exército britânico precisou ocupar lugares nos estádios, para não dar impressão de falta de público.
Diferentemente de Londres, a Copa no Brasil fez surgir outra competição entre os torcedores: acordavam de madrugada para tentar comprar ingressos para os jogos na internet, como comprova os estádios sempre cheios. Esses resultados representaram que a Copa do Mundo foi realmente um sucesso em termos esportivos para a Fifa.
O Mundial mostrou que no Brasil se encontra uma população acolhedora, eficiente e solidária. A externalidade positiva que se pode esperar mais diretamente é o aumento do número de turistas. Países como França e Estados Unidos têm parte do PIB atrelado ao turismo. Acredito que esta Copa será o evento que marcará o Brasil como um lugar em que o turista e o investidor terão muito prazer em vir.
Devemos aproveitar o sucesso da Copa e iniciarmos uma estratégia para mantermos a atração de turistas durante todo o ano. Poderemos destacar como foram bem-vindos os estrangeiros, para que empresas e investidores também achem que, além da população com grande potencial de consumo, eles encontrarão uma sociedade que não tem sentimento de xenofobia.
O país deve aproveitar e ir além das passistas das escolas de samba e buscar ser reconhecido como um lugar aprazível para visitar e investir. Se antes eles já tinham ouvido sobre as belezas naturais, agora eles são testemunhas de como são bem-vindos. Isso é uma vantagem que poucos países têm e nós não podemos perder esta oportunidade.
Artigo do deputado George Hilton (PRB/MG) publicado no Congresso em Foco
Isso me fez lembrar uma ironia sobre economistas: dizem que é mais seguro fazer uma previsão negativa, porque, não se comprovando, o analista pode também alegar que o alarme serviu para os dirigentes corrigirem os rumos. Os pessimistas também têm algo de maquiavélico. Podemos até cogitar que isso funcionou também com as obras para a Copa e que todos os alarmes negativos tenham feito o governo dobrar a atenção na execução.
O que temos que comemorar, com exceção do placar daquele jogo terrível, é que não vimos nenhum fato negativo que pudesse correr o mundo. A imprensa internacional, que esperava protestos, violência e desorganização, precisou mudar a pauta e dizer que os turistas estrangeiros não perderam tempo na fila da imigração e que a infraestrutura nos estádios é ótima.
Olhando os jornais, me deparei com uma declaração de um pesquisador francês. Ele admitiu que o grande número de reportagens negativas e críticas são fruto de preconceito contra os países do hemisfério Sul, porque não aparecem quando eventos são realizados no hemisfério Norte; a Copa do Mundo estava aqui mais bem organizada que a última Olimpíada de Londres, na qual o exército britânico precisou ocupar lugares nos estádios, para não dar impressão de falta de público.
Diferentemente de Londres, a Copa no Brasil fez surgir outra competição entre os torcedores: acordavam de madrugada para tentar comprar ingressos para os jogos na internet, como comprova os estádios sempre cheios. Esses resultados representaram que a Copa do Mundo foi realmente um sucesso em termos esportivos para a Fifa.
O Mundial mostrou que no Brasil se encontra uma população acolhedora, eficiente e solidária. A externalidade positiva que se pode esperar mais diretamente é o aumento do número de turistas. Países como França e Estados Unidos têm parte do PIB atrelado ao turismo. Acredito que esta Copa será o evento que marcará o Brasil como um lugar em que o turista e o investidor terão muito prazer em vir.
Devemos aproveitar o sucesso da Copa e iniciarmos uma estratégia para mantermos a atração de turistas durante todo o ano. Poderemos destacar como foram bem-vindos os estrangeiros, para que empresas e investidores também achem que, além da população com grande potencial de consumo, eles encontrarão uma sociedade que não tem sentimento de xenofobia.
O país deve aproveitar e ir além das passistas das escolas de samba e buscar ser reconhecido como um lugar aprazível para visitar e investir. Se antes eles já tinham ouvido sobre as belezas naturais, agora eles são testemunhas de como são bem-vindos. Isso é uma vantagem que poucos países têm e nós não podemos perder esta oportunidade.
Artigo do deputado George Hilton (PRB/MG) publicado no Congresso em Foco
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