Foto: Jessé Vieira |
Na audiência, foram discutidas diversos temas e práticas consideradas lesivas aos consumidores, como a qualidade da exibição, a reprodução de programas jornalísticos de outras praças e estados sem levar em conta os interesses locais pelas retransmissoras, a venda de pacotes que obrigam o consumidor a adquirir canais que não tinha interesse e o excesso de propaganda nos canais pagos.
O deputado Otoniel Lima propôs a audiência com o objetivo de dirimir dúvidas sobre o sistema. “Há sérios questionamentos sobre praticas lesivas ao consumidor. Podemos destacar, por exemplo, a venda de pacotes com o ‘oferecimento’ de canais abertos em HD. Ora, esses canais são gratuitos e não poderiam ser oferecidos como um diferencial por esses operadores por caracterizar uma vantagem inexistente”, explicou o parlamentar republicano, acrescentando ainda problemas como diferenciação na qualidade de imagem e irregularidades nos volume dos canais.
Celso Russomano, além de explicar o funcionamento do sistema sob a ótica do consumidor, foi o responsável por graves denúncias apresentadas na comissão, como a de que operadores desvinculados das emissoras abertas estariam utilizando a Banda C - principal meio de acesso à programação de TV aberta em localidades sem sinal, atingindo um público de mais de 60 milhões de pessoas – para transmitir programas de conteúdo pornográfico e cometendo o estelionato com falsas vendas de tratores e outros veículos para agricultores. “São necessárias providências urgentes para coibir essas práticas que estão trazendo prejuízos para trabalhadores rurais e incentivando a prostituição entre adolescentes de localidades situadas fora dos grandes centros urbanos”, advertiu Russomano.
As denuncias do presidente do Inadec tiveram forte repercussão entre os convidados presentes. José Francisco de Araújo Lima, que também representava a Embratel no evento, explicou que tentativas de codificação de sinais por satélite, uma provável solução para coibir esse tipo de transmissão, teriam um custo alto que poderia sobrar para o consumidor. "A Embratel não tem poder de polícia para coibir esse tipo de ato”, acrescentou .
Foto: Jessé Vieira |
Por Paulo Gusmão/ PRB
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