“Problemas estruturantes do Nordeste precisam ser enfrentados”, afirma Jony Marcos

Deputado vai trabalhar pela reformulação no Pacto Federativo
O sertanejo nordestino ainda convive com os problemas mais comuns como a falta de água, de luz e de esgotamento sanitário. A avaliação é do republicano Jony Marcos (PRB/SE), que participou do 3º Encontro Parlamentar, neste sábado (31), na Câmara dos Deputados. O evento exclusivo para parlamentares discutiu os principais aspectos do cenário político brasileiro.

Na avaliação de Jony, ainda há uma dívida muito grande do Brasil com a região Nordeste, sobretudo com a educação. “O Governo Federal criou um aumento do piso salarial dos professores, mas passou a conta para os municípios. A revisão do Pacto Federativo vai ajudar na sobrevivência dos municípios, que são as sedes de todos os problemas sociais: saúde, educação, moradia e infraestrutura. Nesse contexto, o Nordeste ainda é a região que mais sofre com problemas estruturantes que já deveriam ter sido resolvidos”, criticou.

Ainda segundo o parlamentar, a arrecadação dos municípios vem decrescendo e os prefeitos só podem gastar 54% dos seus orçamentos para o pagamento de pessoal. “Como equacionar essa situação? A resposta é simples: menos para União e mais para os municípios. Vamos trabalhar pela revisão do Pacto Federativo para ajudar a solucionar os problemas mais comuns como acesso à água encanada, saneamento básico, iluminação pública, saúde, educação e tantos outros”, enumerou o parlamentar.

Por Mônica Donato
Foto: Douglas Gomes 

“A comunidade surda vive amordaçada”, alerta Carlos Gomes


Eleito pelo Rio Grande do Sul para exercer seu primeiro mandato de deputado federal, o republicano Carlos Gomes (PRB/RS) chega ao Congresso Nacional chamando atenção para um tipo de discriminação silenciosa que deixa milhares de brasileiros às margens da sociedade. Segundo ele, a comunidade surda vive “amordaçada” e a evasão escolar é enorme, pois não existem politicas públicas específicas para escola especial bilíngue no país.

“Vamos imaginar que uma pessoa surda sofre um tipo de violência, por exemplo. Como ela vai relatar aos delegados em língua brasileira de sinais (Libras)? Não há funcionários habilitados no serviço público para compreender este tipo de declaração. Se nós, que somos ouvidos, temos uma dificuldade enorme de nos fazer compreender nas demandas diárias, imaginem essas pessoas que vivem como se fossem estrangeiros dentro do seu próprio país”, reclamou o deputado.

Gomes informou que contratou um professor de libras para trabalhar em seu gabinete e que essa deve ser uma das bandeiras de seu mandato. “Já estive numa audiência pública com mais de 600 surdos e me senti impotente por não compreender a linguagem deles. Acredito que não devemos tratá-los como deficientes, mas como pessoas que vivem em desvantagem por estarem em minoria. Temos que aumentar o número de profissionais que falam libras no país para garantir dignidade à essas pessoas”, acrescentou.

Carlos Gomes já cumpriu dois mandatos de deputado estadual na Assembleia Legislativa Gaúcha e também trabalha por maior transparência no serviço público.

Por Mônica Donato
Foto: Douglas Gomes 

Halum fará a interlocução dos Jogos Mundiais Indígenas

Evento promete ser referência 
O deputado republicano César Halum (PRB/TO) e o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, apresentaram ao ministro do Esporte, George Hilton e ao secretário Nacional de Esporte Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis), Carlos Geraldo Santana, nesta terça (27), o projeto dos “I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas”, a serem realizados na cidade de Palmas, de 15 a 27 de setembro de 2015. Durante o encontro, ficou definido que o deputado Halum ficará responsável pela interlocução entre Estado, Prefeitura, Ministério e Parlamento durante a organização do evento.

Na avaliação do deputado, essa integração garantirá o sucesso dos jogos. “A cidade já está sendo preparada desde o ano passado para receber o evento, quando foi criado um comitê organizador coordenado pelo Ministério do Esporte. Estou com a incumbência de ser o interlocutor para que tudo aconteça como previsto. Vamos trabalhar em conjunto”, afirmou o deputado.

“Palmas e o Brasil serão referências para os “I Jogos Mundiais dos Povos Indígenas”. O entorno do município tem uma população de dez mil indígenas, todos com cultura e tradições muito bem preservadas. São índios de sete etnias distribuídas em 82 aldeias, que conviverão com as culturas indígenas de 30 países”, afirmou o secretário Carlos Geraldo Santana.

“A sinergia entre a prefeitura de Palmas, o governo do Estado e o Ministério do Esporte marca o início de uma nova época que ficará para a posteridade”, acrescentou o prefeito.

Por Vinícius Rocha com informações e foto do Ministério do Esporte 
Edição: Ascom Liderança do PRB

Bulhões repudia ataques extremistas a cristãos no Níger


Igrejas brasileiras estão entre as 45 instituições religiosas que foram incendiadas, depredadas e saqueadas, em Niamey, capital do Níger, um dos países mais pobres da África. Ao menos cinco pessoas morreram, na última sexta-feira (16), durante as manifestações que começaram com a publicação da primeira edição do 'Charlie Hebdo', após o ataque à sua sede. O deputado republicano Antonio Bulhões (PRB/SP) considerou os atentados um terrível e covarde golpe aos direitos humanos.

“Tomamos conhecimento de que os templos da Universal e seus membros não foram atingidos por esta onda de violência motivada por pura intolerância religiosa. Os trabalhos seguem normalmente na igreja local e os fiéis estão em constante oração pelo povo das aldeias atingidas. Creio que todo cristão, não importa onde esteja, deve também dobrar seus joelhos e orar para que cesse esta situação na África”, conclamou o deputado.

Bulhões considera preocupante os dados de um levantamento feito pelo Centro de Estudos do Cristianismo Global nos Estados Unidos. Segundo o estudo, cerca de 100 mil cristãos são assassinados, anualmente, por causa de suas crenças religiosas, ou seja, um a cada cinco minutos. “Independente de crença religiosa, ninguém tem o direito de tirar a vida do outro. Não podemos aceitar que uma minoria extremista continue matando inocentes e pessoas de bem em nome da fé”, afirmou o parlamentar.

Acredita-se que essas manifestações violentas tenham ligação com o grupo Boko Haram, que também tem praticado atos terroristas na Nigéria, país vizinho. “Boko Haram” significa “Educação ocidental é proibida/pecaminosa”. Esse é o apelido que o grupo fundamentalista islâmico Jama’atu Ahlis Sunna Lidda’awati wal-Jihad recebeu. O nome original quer dizer “povo comprometido com a propagação dos ensinamentos do profeta e do Jihad”.

O Boko Haram é o mais temido grupo terrorista nigeriano. Financiado por doações e ataques a bancos, o grupo defende que a democracia, a educação ocidental e a convivência pacífica entre cristãos e mulçumanos são maléficas. Atacam qualquer um que tenha essas práticas ou questione os métodos do Boko Haram.

De acordo com o Itamaraty, não existem brasileiros feridos, e todos os que residem no Níger foram orientados a permanecer dentro de suas casas. Caso a situação se agrave, o Governo brasileiro ajudará na retirada deles, do país. Além dos cinco mortos, 128 pessoas ficaram feridas e 189 foram detidos.

Por Mônica Donato com informações da Agência France Presse e Wikipédia.
Foto 1: Douglas Gomes 
Foto 2: divulgação

Cleber Verde quer prioridade para aposentados na pauta da Câmara

Cerimônia de posse da nova legislatura está marcada para o dia 1º de fevereiro no Plenário Ulysses Guimarães

Reeleito para exercer o terceiro mandato de Deputado Federal, Cleber Verde (PRB/MA) acredita que 2015 será um ano de grandes desafios para o Congresso Nacional. Para ele, a apreciação de matérias importantes, como a PEC 555/2006, que acaba com a cobrança de contribuição previdenciária sobre os proventos dos servidores públicos aposentados, não pode mais ser adiada.

“Temos que corrigir essa injustiça. Vamos trabalhar firme em 2015 para aprovar também a PEC 405/2009, de minha autoria, que assegura ao garimpeiro e ao pequeno minerador o direito à aposentadoria. No final do ano passado, definimos uma agenda prioritária para os aposentados e recebemos a sinalização positiva do presidente Henrique Eduardo Alves. Agora, vamos continuar trabalhando para que a matéria seja aprovada no plenário ainda no primeiro semestre”, afirmou.

Cleber Verde, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Aposentados e Pensionistas, declarou apoio ao Movimento Unificado dos Idosos, Aposentados e Pensionistas do Serviço Público e do INSS - “Una-se”, lançado no Congresso Nacional, em 2014, que cobra a apreciação imediata de proposições de interesse dos aposentados.

O movimento surgiu das necessidades de intensificar as mobilizações da categoria e conta com a colaboração da Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (COBAP), da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), do Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Mosap) e do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (SINAIT).

“Para nós, aprovar essa PEC é fazer justiça àqueles que contribuíram a vida toda para o Regime e que continuam vítimas de uma das mais cruéis medidas já tomadas pelo sistema”, criticou o parlamentar.

Por Mônica Donato
Foto: Douglas Gomes 

Hilton faz balanço de sua gestão à frente da Liderança do PRB e comenta desafios da nova Bancada


George Hilton foi empossado pela presidenta Dilma Rousseff, ministro do Esporte, na última quinta-feira (1º). O republicano eleito por Minas Gerias para exercer o seu terceiro mandato de deputado federal esteve à frente da Liderança do partido nos anos de 2013 e 2014, participando ativamente de decisões importantes do Parlamento. Em entrevista exclusiva ao Portal PRB, o ministro comenta o crescimento da Bancada e demonstra preparo e conhecimento para gerir, com competência, a pasta. Hilton promete dar atenção especial ao esporte educacional e comunitário como instrumento de inclusão social e pretende intensificar a parceria com o Ministério da Educação para consolidar e ampliar o programa Atleta na Escola. Para ele, o esporte escolar é o caminho para o desenvolvimento sustentável do esporte brasileiro. Confira a entrevista na íntegra.

1) Os 10 deputados do Partido Republicano Brasileiro foram incluídos no ranking da VEJA, em 2013, que classifica os parlamentares mais atuantes no Congresso Nacional. O levantamento é realizado anualmente com a colaboração do Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-Uerj). A que ou a quem o senhor atribui esse sucesso?

Primeiro, à qualidade desses parlamentares. Nós temos um quadro de deputados experientes que exerceram mandatos de vereadores ou deputados estaduais com competência. Segundo, ao corpo técnico da Liderança, que conta com especialistas do mais alto nível. Terceiro, a comunicação diária da atuação parlamentar. Tudo isso permitiu que o trabalho dos parlamentares nas comissões, na criação de frentes, assim como na autoria e relatoria de projetos fosse reconhecido. É um tripé: qualidade do deputado, da assessoria técnica e a experiência acumulada na vida pública.

2) O senhor foi reconduzido ao cargo de líder em 2014 pelos colegas de Bancada. Como recebeu a missão?

Avalio que fizemos um trabalho coletivo. Não era o líder George, mas vários líderes. Numa equipe, cada um tem o seu papel fundamental. É como uma orquestra, em que se tem vários instrumentos e não existe um que seja melhor ou mais legítimo do que o outro. Pode parecer que, em determinados momentos, uns se destaquem mais, até por serem mais solicitados. Mas é a soma de todos os instrumentos que faz a sinfonia perfeita. O maestro depende da habilidade de cada instrumentista para alcançar essa máxima. Da mesma maneira aconteceu com a bancada do PRB, que resolveu me reconduzir porque observaram uma sinergia muito forte no trabalho desempenhado no primeiro ano. Procurei exercer uma liderança focando no potencial de cada um e valorizando o que eles têm de melhor. Para mim, foi uma experiência ímpar e gratificante, que aumenta, ainda mais, a responsabilidade para os novos desafios que virão.

3) O senhor lançou a Frente Parlamentar de Combate ao Roubo de Cargas. O que motivou a criação?

Sou de um Estado que tem a maior malha rodoviária do país, Minas Gerais. Portanto, são nas nossas rodovias onde se dá o maior número de ocorrências de roubos e mortes nas estradas. Só no ano passado, o prejuízo do roubo de cargas foi de mais de um bilhão de reais para as empresas e o poder público, além da perda de vidas que foram dizimadas. São dois vieses que precisamos ressaltar: o econômico, porque o país não pode parar e precisamos dar condições de trabalho para os caminhoneiros e a segurança, pois esses profissionais lidam com o risco de morte iminente. Recentemente foi explodido um carro-forte, em São Paulo, matando os seguranças que ali estavam trabalhando. É isso o que me preocupa: o prejuízo ao país e a falta de segurança para esses trabalhadores, que precisam da garantia do Estado de que vão voltar para as suas famílias. Criamos a frente para otimizar os trabalhos que estão sendo feito no sentido de combater essa prática.


4) O ano de 2014 foi decisivo para o PRB, que elegeu 21 deputados federais. Como avalia o resultado nas urnas?

Muito feliz, mas fazendo justiça a uma pessoa que eu considero responsável por esse crescimento todo, o presidente Marcos Pereira. Ele empreendeu um trabalho eficiente e estratégico que resultou na eleição de deputados federais e estaduais de Norte ao Sul do Brasil. A sua liderança é incontestável. O PRB é um partido jovem que já nasceu participando de momentos históricos da política nacional com a eleição do nosso vice-presidente, José Alencar. Foi idealizado por ele e pelos não menos brilhantes, Marcelo Crivella, Vitor Paulo e outros. Marcos Pereira deu continuidade ao trabalho e estabeleceu um novo modelo que permitiu ao PRB ser a bancada que mais cresceu, na contramão da maioria dos partidos que diminuíram nas eleições de 2014.

5) Como membro do Parlasul, o senhor tem visto progresso nas negociações do Brasil no Mercosul? Quais os principais avanços nos últimos anos?

Estou no segundo mandato como representante do Brasil no Parlasul. O mandato não é eletivo, pois não temos eleições diretas para o Parlasul. A escolha deve ser feita por deliberação da bancada. O meu desejo é continuar. Ainda há um desconhecimento muito grande sobre a integração dos povos do Mercosul. O Parlasul surgiu para aproximar o que era apenas um bloco comercial, que as pessoas nem sempre estão atentas às questões que envolvem mercado livre e trânsito de mercadorias. No nosso entendimento, é preciso ter um Parlamento para que a integração não seja só no comércio, mas também entre os povos. E nós avançamos muito. Os povos do Mercosul já têm a dispensa de passaporte entre os países do Bloco. Tivemos um grande avanço na área previdenciária, de modo que o tempo que um cidadão brasileiro trabalhou na Argentina pode ser utilizado para efeito de aposentadoria no Brasil. Avançamos também nos estatutos das cooperativas que permitirá, por exemplo, que se constitua uma cooperativa com cidadãos do bloco. Mas os desafios são enormes e temos uma situação séria ainda para resolver: a questão da transação entre os países para uma só moeda. Avançamos agora com a Argentina e com o Uruguai no que diz respeito às transações que não dependem mais do dólar. O desejo nosso é de que possamos ter uma instituição financeira, como tem hoje a comunidade Europeia. Há um projeto de criação de um banco para facilitar a vida de todos os países.


6) Em setembro de 2013, o senhor declarou apoio ao manifesto Atletas pelo Brasil. O esporte sempre foi uma prioridade para a Bancada?

No Parlamento há representação de vários segmentos e o esporte, sem dúvida, é uma bandeira de interesse de toda Nação. O Brasil vem-se preparando para organizar os melhores Jogos Olímpicos e Paraolímpicos da história. A integração de todos os entes públicos com o Comitê Rio 2016 é um fator chave para o sucesso da organização. Recebi essa missão de comandar o ministério e pretendo fazer uma gestão ouvindo todos os segmentos interessados como sempre fiz em minha vida pública. Temos representantes do PRB em diversas secretarias de Esporte em todo o país. Pretendemos fazer um trabalho em conjunto dando atenção especial ao esporte social, ao esporte de inclusão, ao esporte educacional e comunitário. Vamos intensificar a parceria com o Ministério da Educação para consolidar e ampliar o programa Atleta na Escola. Acreditamos que o esporte escolar é o caminho para o desenvolvimento sustentável do esporte brasileiro. Queremos que os efeitos positivos dos Jogos Olímpicos influenciem novas gerações.

7) O que espera da nova Bancada e qual a mensagem que deixa para o próximo líder?

Que ela seja homogênea nos seus objetivos, mas heterogênea na sua pluralidade de pessoas e ideias. Teremos deputados de várias regiões. Isso enriquece o partido e o Congresso Nacional. Sinto-me privilegiado de ter liderado esses 10 deputados e de ter sido eleito novamente pelo povo mineiro para representá-los. Sou grato pela confiança dos companheiros que me conduziram e reconduziram ao cargo de líder. A mensagem que deixo para o próximo líder é que ele mantenha esse espirito de união e de parceria, sendo, sobretudo, um interlocutor dos seus colegas. A grande lição que eu tive nesses dois anos de liderança é que a gente passa a ser servo dos demais. A grande virtude do líder é reconhecer nos seus companheiros, nos seus iguais, que somente com um trabalho de união se consegue grandes resultados.

Por Mônica Donato 
Fotos: Douglas Gomes